Proteger a Mata Atlântica custaria menos de 0,01%
do PIB.
Floresta Atlântica : Parque Estadual do Rio Doce -
MG
Um estudo publicado na edição desta semana da revista Science, liderado pela bióloga brasileira Cristina Banks-Leite, professora da
Imperial College London, na Inglaterra, e professora visitante na Universidade
de São Paulo (USP) investigou custos relacionados à conservação da Mata
Atlântica brasileira.
Resultado de uma extensa pesquisa sobre dados
ecológicos e econômicos e do mapeamento de áreas estratégicas para a
conservação, o trabalho concluiu que ações de conservação e recuperação da Mata
Atlântica custariam ao Brasil 443 milhões de reais – o que equivale a menos de
0,01% do PIB. Esse valor seria destinado a esforços de restauração florestal e
iniciativas de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e valeria para os 3
primeiros anos – após esse período o investimento diminuiria para menos de
0,0026% do PIB.
“Esse custo é mínimo considerando que o
investimento em ações de conservação da floresta traz inúmeros benefícios para
mais de 69% da população brasileira que vive na área de abrangência da Mata
Atlântica. Estamos falando de serviços ambientais como regulação do clima, prevenção
de enchentes e deslizamentos, melhoria na qualidade do ar e proteção do
abastecimento de água”, explica Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas
da Fundação SOS Mata Atlântica.
Artigo científico citado:
BANKS-LEITE, C. et al. Using
ecological thresholds to evaluate the costs and benefits of set-asides in a biodiversity
hotspot. Science, v. 345, n. 6200, 29 ago
2014.
Fonte: http://www.sosma.org.br
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