quarta-feira, 29 de outubro de 2014

As diversidades do povo brasileiro enriquecem a vida de cada um de nós.
por Leno F. Silva*
Mesmo antes do resultado que consagrou Dilma Rousseff no processo eleitoral deste ano, as manifestações pelas redes sociais trouxeram à tona os sentimentos submersos dos defensores de uma visão separatista de país: Sul e Sudeste de um lado; e Norte, Nordeste e Centro-Oeste de outro.

Muitas das declarações que no passado eram expostas em pequenas reuniões e sob a proteção de espaços privados, foram escancaradas nessas plataformas digitais que transformaram completamente a dinâmica do embate político.

De “patinho feio” dos protestos de 2013, a política partidária ganhou espaço de destaque nessa que foi uma das mais acirradas disputas desde que os brasileiros reconquistaram o direito de votar.

Nas últimas semanas o pleito ganhou temperatura de final de clássico de futebol, mas o que estava em jogo desde o início do processo eleitoral eram dois projetos de nação. Consagrou-se vencedora a mandatária atual, representante do PT, partido que decidiu, a partir da eleição de Lula, priorizar em suas políticas e investimentos as classes sociais e as regiões menos favorecidas.

Vitória de todo o povo que luta pela construção de um Brasil mais justo, mais inclusivo, e que ofereça oportunidades de desenvolvimento em diversos campos, para que as distâncias dos saberes e das condições de vida sejam diminuídas, beneficiando um maior número de cidadãos.

Passado o calor da decisão, convém refletirmos sobre os aprendizados que podemos extrair desse processo. A presidenta assumirá o segundo mandato mais forte para promover as mudanças já citadas no seu programa de governo, além de agregar outras tantas demandas que vieram à tona nessa caminhada.

Tenho a impressão de que parcela da sociedade está disposta a se articular, agir e a contribuir para que o Brasil avance nas direções certas. No sistema atual, a representatividade por meio dos partidos políticos, é um canal que precisa ser revigorado, estar mais próximo das pessoas, e criar mecanismos democráticos permanentes de diálogos, por meio dos quais os cidadãos participem e sejam, também, agentes das transformações.

Os desafios são grandes, mas com equilíbrio, respeito, e espirito público; teremos condições de construir uma nação livre de preconceitos, do racismo e digna para todos nós.  Viva o povo brasileiro, que com as suas diversidades, sotaques e jeitos distintos de ser, enriquece a vida de cada um de nós. Por aqui, fico.  Até a próxima.

* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas. 


Fonte: ENVOLVERDE

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