quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O que o desmatamento tem a ver com sua torneira.
Árvore de Ipê florescendo no meio da floresta Amazônica. Foto: © Greenpeace / Daniel Beltrá

Amazônia. Esse é o nome da maior floresta tropical do mundo. Ocupa 5% solo do planeta e mais da metade dela (65%) está dentro de nosso país.

De todos os seus tesouros, dois chamam muito a atenção em tempos de racionamento de água muitas cidades do Sudeste: essa floresta possui cerca de 25 mil rios e estoca aproximadamente 12% de toda a água possível de consumo da terra. E é responsável, em boa parte, pela água que sai da sua torneira.

Isso porque mais de 70% das chuvas que caem em São Paulo no período em que os reservatórios do Estado são abastecidos vêem da Amazônia. As árvores transportam a água do solo até a atmosfera, num ritual de tirar água do depósito abaixo do chão e transpirá-la para virar nuvem. Quanto maior o desmatamento, menor o número de árvores que desempenham esta função. Assim, a água do solo não vai para a atmosfera, e a água da chuva não é retida pelas árvores no solo, escorrendo sem barreiras para os rios e oceanos. Por isso que o desmatamento da floresta afeta nossa vida aqui nas grandes cidades do País– e vai afetar cada vez mais. Reportagem do Fantástico tratou disso no último domingo.

É graças aos serviços que a floresta nos presta que temos a abundância de água também para ativar os geradores das usinas hidrelétricas, responsáveis por 85% da energia que ilumina a casa dos brasileiros. A Amazônia está presente no nosso dia a dia, da luz que se acende na periferia ao PIB agrícola do sudeste. Os serviços da floresta ajudam a todos, de forma democrática e gratuita. Mas estamos longe de retribuir.

Diariamente dizimamos a floresta de forma descontrolada e desnecessária. Ano passado derrubamos mais de 5.800km2, área equivalente à quatro vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro, ou mais que um campo de futebol por minuto. No total já se foram mais de 750.000km2 de floresta, área equivalente a Portugal, Itália e Alemanha juntos.
Desmatamento no Estado do Pará. Foto: © Rodrigo Baleia / Greenpeace

Não desmatamos para produzir alimentos, pois já temos áreas abertas no país em quantidade suficiente para dobrar nossa produção de alimentos sem precisar derrubar mais nenhum hectare de floresta.

Não sabemos se a mudança no padrão do clima e das chuvas vão dizimar a vida da terra. Mas vão torná-la mais difícil. A prologada escassez que estamos enfrentando no estado de São Paulo é um prenúncio disso. E cabe a nós mudarmos essa história. Precisamos mostrar que não estamos de acordo com o absurdo que está acontecendo nas nossas florestas. Assine pelo Desmatamento Zero e Junte-se a nós.


Fonte: Greenpeace

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