Quando a terra tem sede, as
pessoas têm fome.
por
Amantha Perera, da IPS
Um homem caminha por terras agrícolas na aldeia de
Mirusuvil, no distrito de Jaffna, norte do Sri Lanka. Cerca de 122 mil pessoas
sofreram o impacto das severas secas, segundo os últimos dados do governo.
Foto: Amantha Perera/IPS
Kilinochchi, Sri Lanka, 8/10/2014 – Ao se observar
os campos secos da província Norte do Sri Lanka, qualquer pessoa pode pensar
que a terra não recebe água há anos. Na verdade, isso não está muito longe da
realidade. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) destinou, em setembro, US$ 2,5
milhões para ajudar centenas de milhares de pessoas sumidas em uma seca que já
dura 11 meses e sem final à vista.
Uma mulher parada em seu terreno ressecado no
distrito de Batticaloa, uma das maiores regiões produtoras de arroz do Sri
Lanka, que sofreu o impacto de uma seca de 11 meses. Foto: Amantha Perera/IPS.
Um homem parado em meio ao arrozal queimado no
distrito de Kilinochchi, no Sri Lanka. A previsão é de que a colheita de arroz
deste país sofra perda histórica de 17%, em relação aos quatro milhões de
toneladas registradas em 2013. Foto: Amantha Perera/IPS
Mais da metade dos afetados pela seca estão nas
províncias do Norte e Leste do Sri Lanka, duas das mais pobres. O PMA informou,
no dia 1º deste mês, que os fornecimentos, que incluem rações de arroz que
serão distribuídos entre as pessoas afetadas, chegarão a US$ 2,3 milhões. Além
disso, o programa de assistência também oferecerá US$ 277 mil às famílias necessitadas.
Uma mulher cobre sua cabeça com um lenço para se
proteger do sufocante calor no distrito de Jaffna, no Sri Lanka, onde as
temperaturas podem chegar a 40 graus centígrados durante o dia. Foto: Amantha
Perera/IPS
Uma mulher carrega lenha na região de Pillumalai,
no distrito de Batticaloa, no Sri Lanka, atingido pela seca. A população sofre
uma crise hídrica porque o principal reservatório, Vakaneri, está praticamente
seco. Foto: Amantha Perera/IPS.
A seca afetou 1,6 milhão de pessoas, das quais 190
mil necessitam de alimentos de forma urgente. Além disso, preocupa a segurança
alimentar de outras 700 mil. Embora a situação atual exija atenção e
assistência imediata, o PMA alertou que as pessoas afetadas também precisarão
de ajuda no longo prazo para adaptarem-se à variabilidade climática.
O leito de um reservatório seco no distrito de
Moneragala, no Sri Lanka, onde os agricultores dizem que a falta de chuvas
desde o final de 2013 praticamente devastou suas terras cultiváveis. Foto:
Amantha Perera/IPS.
Menina bebe água em uma garrafa no distrito de
Batticaloa, no Sri Lanka, onde 220 mil pessoas sofrem o impacto da seca. Foto:
Amantha Perera/IPS
Um trator avança pelo acostamento seco de uma
estrada em uma terraplenagem no distrito de Kilinochchi. Funcionários ouvidos
pela IPS disseram que a região precisa de nove milhões de rúpias (US$ 69 mil)
por semana de assistência por causa da seca. Foto: Amantha Perera/IPS.
Um homem usa uma bomba industrial na região de Karadiyanaru,
no distrito de Batticaloa, no Sri Lanka. Os especialistas alertam sobre o uso
de poderosas bombas de água nessa região árida, que submete o lençol freático a
uma pressão excessiva. Foto: Amantha Perera/IPS.
O Banco Mundial estima que o risco anual dos
desastres ambientais no Sri Lanka chega a US$ 380 milhões ao ano. O pior
destes, até agora, foram as graves inundações de 2010 e 2011, quando os danos
ficaram em torno de US$ 50 bilhões. Envolverde/IPS.
Uma mulher tenta salvar o que resta de seu cultivo
de feijão chinês antes que a escassez de água destrua todo o terreno, na região
de Pillumalai, no distrito de Batticaloa, no Sri Lanka. Estimativas oficiais
indicam que a produção agrícola provavelmente caia 10% este ano devido à seca.
Foto: Amantha Perera/IPS.
Fonte: ENVOLVERDE
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