Saneamento da Baía de Guanabara
pode gerar ganhos de R$ 13 bi em 30 anos.
A universalização dos serviços de água tratada e
a coleta de esgotos nos municípios em torno da Baía de Guanabara podem
representar ganho econômico de até R$ 13,8 bilhões, em 30 anos, de acordo com o
estudo Benefícios
Econômicos da Expansão do Saneamento à Sociedade dos Municípios da Baía de
Guanabara, divulgado ontem (8) pelo Instituto Trata Brasil.
Feito com apoio da Associação Brasileira dos
Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), o estudo destaca que
o valor estimado é referente às vantagens que a despoluição e o fornecimento de
água limpa representam no desenvolvimento do turismo, na valorização dos
imóveis e na economia com gastos em saúde pública.
O presidente do Trata Brasil, Édison Carlos,
sustentou que o estudo aponta ganhos econômicos que justificam investir em
saneamento. Segundo ele, a universalização também iria gerar novos postos de
trabalho em turismo na região.
“O saneamento não só resolve os problemas, mas
também traz riqueza para a região. A Baía de Guanabara é um ícone do turismo
nacional, mas ainda enfrenta grandes desafios na questão da poluição vinda de
esgoto e lixo. Investimento em saneamento básico também melhora a saúde
pública. Esses rios que desaguam na baía vêm muito poluídos e acabam
prejudicando as pessoas com doenças”, explicou.
O pesquisador do instituto, Fernando Garcia,
disse que ainda vai levar até 20 anos para universalizar o saneamento em toda a
baía, mas ressalta que o custo vale a pena, e pode ser feito em menos tempo.
Além de impactar na saúde das pessoas, a chegada do saneamento valorizará os
imóveis, gerando riqueza extra às famílias, acrescentou.
“Dá para acelerar. A despoluição da Baía de
Guanabara tecnicamente dá para ser feita em dez ou 15 anos, só que, para isso,
tem que ter obras em andamento. Não pode parar. O que a gente começou para a
Copa do Mundo e para as Olimpíadas já está atrasado. Precisa acelerar o
desenvolvimento desse setor”, frisou Garcia.
Para o presidente da Abrampa, Sávio Bittencourt,
o Ministério Público serve como pressão para que os planos de saneamento sejam
executados, e para que eles existam nos municípios e nas obras feitas. “Ninguém
precisa mudar o mundo de um dia para o outro, mas precisa começar e ter um
planejamento sério, que demonstre como vai ser feito”, salientou.
O estudo completo pode ser acessado na página do
Trata Brasil na internet (www.tratabrasil.org.br).
Fonte: Agência Brasil
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