Sinal de fumaça.
por Redação do Greenpeace
As queimadas na Amazônia aumentaram este ano
e a fumaça já chega até o sul do País, que também sofre com a falta de água.
No Norte do País, o período de julho a outubro é
marcado pelo aumento da temperatura e diminuição das chuvas, o que caracteriza
o chamado “verão amazônico”. É neste período também que, infelizmente, o número
de queimadas aumenta na região, seja para a renovação de pastagens ou para a
abertura de novas áreas, queimando floresta em pé ou já parcialmente derrubada.
“Essas queimadas, além de destruírem a floresta,
liberam grandes quantidades de gases do efeito estufa, contribuindo assim para
o aumento da temperatura global, o que vai contra os compromissos assumidos
internacionalmente pelo Brasil para redução de emissões”, afirma Rômulo
Batista, da campanha da Amazônia do Greenpeace.
Depois de o governo federal confirmar o aumento
de 29% no desmatamento da Amazônia no ano passado e o DETER divulgado no início
do mês apontar uma tendência de novo aumento esse ano, as queimadas parecem
seguir a mesma linha de crescimento, com expansão para diferentes regiões da
Amazônia.
Ao compararmos os números de janeiro a agosto
deste ano, com o mesmo período de 2013, houve um aumento de 36% em média nos
focos de queimadas nos estados da Amazônia Legal. Assim como na projeção do
desmatamento, o Pará lidera no número de incêndios, com 109% de aumento. Além
do aumento no número de queimadas e incendios outro fato que chama a atenção é
que, no estado do Pará, a maior parte dos focos se concentra ao longo da BR
163. A região, segundo dados do INPE, também apresentou grandes áreas de
desmatamento, no entorno do Parque Indígena do Xingu.
As consequências das queimadas no entorno do
Parque Indígena do Xingu, não afetam somente a região, mas também a região sul
do País, já que a fumaça produzida a partir das queimadas na região acaba
levada pelas correntes de ar. “Assim como as chuvas produzidas na Amazônia
irrigam todo o Brasil, os mesmos ventos levam a fumaça das queimadas para o sul
do País, que já sofre este ano com uma forte estiagem e falta de chuvas”,
explica Rômulo.
As consequências do desmatamento e queimadas na
Amazônia não afetam apenas o ecossistema local e as pessoal que habitam a
região, mas todo o Brasil. Para combater esses problemas mais de um milhão de
brasileiros, de todos os estados, já apoiaram o projeto de lei popular pelo
desmatamento zero. O mundo precisa da Amazônia viva.
Fonte: Greenpeace
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