quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Desaparecimento de abelhas pode ameaçar cultura da castanha do Pará.
Especialista alerta para os riscos que a extinção de polinizadores pode trazer para o meio ambiente e para a produção mundial de alimentos
Abelhas uruçu (Melipona scutellaris) , Foto: Cícero R. C. Omena / Flickr.

Em entrevista ao Tarde Nacional desta segunda-feira (10), Osmar Malaspina, pesquisador da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) explicou como as abelhas, responsáveis por 73% da polinização da população vegetal, regem a produção de alimentos no mundo. Elas são fundamentais para a biodiversidade e para manutenção de diversas culturas.

Os fatores que estão levando à diminuição das abelhas no mundo são inúmeros: o desmatamento, a ação de predadores, a escassez de alimentos, o uso de agrotóxicos, entre outros.

Uma possível extinção das abelhas é uma preocupação mundial. O presidente Obama criou em junho, nos Estados Unidos, uma força tarefa para propor soluções de proteção aos polinizadores. Na Europa, por exemplo, foi proibida a aplicação de agrotóxicos via aérea, na tentativa de proteger as abelhas.

Malaspina ressaltou a importância de uma maior conscientização da população em proteger as abelhas: “Nós sempre estamos preocupados com a extinção de espécies de grande porte: baleias, golfinhos, capivara, onças… Mas com as espécies de pequeno porte, como é o caso das abelhas, ninguém nunca teve”.

O pesquisador pede aos ouvintes da Amazônia que comuniquem informações sobre as colmeias, para que o levantamento seja o mais completo possível e possa embasar qualquer proposta de política pública por parte dos governos para a proteção dos polinizadores.

O telefone da equipe da Universidade Estadual Paulista é o (19) 3526-4169. O contato poderá ser feito também pela internet, por meio do site da Unesp Rio Claro.

O programa Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 16h, na Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya.

Produtor: Juliana Maya e Roberta Timponi


Fonte: EcoDebate

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