domingo, 9 de novembro de 2014

Podcast: Câmara aprova prorrogação de prazo para o fim dos lixões e agora a matéria está na pauta do Senado.
A matéria estará na pauta do Senado para votação na quinta (06). Especialista em Resíduos Sólidos analisa a proposta do Congresso.

A lei dos Resíduos Sólidos que, entre outras coisas, prevê o fim dos lixões com sua substituição por aterros sanitários, levou 20 anos para ser aprovada e homologada. Após esse período, os municípios tiveram quatro anos para encerrar as atividades dos lixões, fazer a coleta seletiva, e passar a depositar os resíduos no aterro.

O prazo venceu em agosto e menos da metade dos municípios cumpriu o determinado pela lei.

Agora, a Câmara dos Deputados aprovou a prorrogação desse prazo e o Senado tem até a próxima quinta-feira, dia 6, para dizer se endossa a decisão dos deputados.

O ambientalista Júlio César Leitão explica aos ouvintes do Amazônia Brasileira a importância dos aterros e analisa esse atraso e a proposta de postergação de sua construção.

Para o especialista em Resíduos Sólidos a proposta de adiamento é descabida já que o prazo estabelecido pela lei foi mais do que suficiente para a implementação da política de coleta seletiva e construção dos aterros sanitários. Ele considera que a não implementação da política causa prejuízos aos municípios que poderiam lucrar com todo o material reaproveitável que é colocado no lixo e que hoje não tem uma destinação correta. Além disso, o gás metano resultante do lixo poderia ser aproveitado e usado como fonte de produção de energia elétrica.

Os lixões favorecem a contaminação do solo e, consequentemente, do lençol freático da região, o que vem se tornando cada dia mais grave devido ao lixo tecnológico (computadores, celulares, tablets, etc) que contêm metais pesados, extremamente danosos à saúde. 

O programa Amazônia Brasileira vai ao ar de segunda a sexta-feira, a partir das 8h, na Rádio Nacional da Amazônia, em rede com a Rádio Nacional do Alto Solimões, onde é transmitido ao vivo às 5h. A apresentação é de Beth Begonha.


Fonte: EcoDebate

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