Protesto de agricultores com
tortura de animais choca franceses.
Roedores conhecidos como os ratões-do-banhado
(Myocastor coypus), foram maltratados durante manifestação de agricultores.
Foto: Reprodução youtube. RFI
Um protesto de jovens agricultores ocorrido nesta
quarta-feira (5) em Nantes, no sul da França, gerou indignação na população.
Durante o ato, os manifestantes torturaram em público dezenas de ‘ragondins’,
espécie francesa de roedor conhecida no Brasil como ratão do banhado.
Diversos parlamentares fizeram duras críticas ao movimento e o assunto
despertou vivas reações dos franceses nas redes sociais.
O protesto reuniu cerca de 300 agricultores e foi
organizado pelo FDSEA, um dos principais sindicatos da categoria na
França. O ato aconteceu em frente à Secretaria de Segurança Pública da
região de Loire-Atlantique, no sul do país. Eles trouxeram os animais que estavam de dentro de uma
jaula, e em seguida os soltaram no meio da multidão, dando pontapés e jogando
tinta nos bichos. Um animal morto chegou a ser atropelado por um
trator.
De acordo com os agricultores, o objetivo da
manifestação era o de “denunciar a pressão vivida pela categoria e as
dificuldades ecológicas e administrativas.” Os roedores, segundo eles, “são uma
praga, como a ministra da Ecologia e ex-candidata à presidência francesa,
Ségolène Royal”. “É simbólico, somos a melhor profissão para lidar com esse tipo
de praga”, disse um manifestante pouco antes do ato.
Parlamentares reagem nas redes sociais
O líder do partido Europa Ecologia Jean Vincent
Placé reagiu ao protesto em sua conta no Twitter nesta quinta-feira. “Pobres
sádicos da FNSEA que torturam roedores. Tratá-los de porcos seria uma difamação
contra os porcos. Nojo.” A população francesa também criticou o mau gosto da
ação nas redes sociais, classificada de “odiosa”.
Já a Fundação Brigitte Bardot prestou queixa “pelos
atos de crueldade contra os animais”, segundo seu porta-voz, Christophe Marie.
Em um comunicado, a organização pede que o governo tenha uma reação “firme”
diante do comportamento inaceitável do sindicato, que se sente “acima das
leis”.
Fonte: RFI
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