segunda-feira, 6 de abril de 2015

Amazônia reduziu pela metade capacidade de absorver CO2, diz estudo.
Estudo realizado pela revista “Nature” ao longo de 30 anos mostra que, pela primeira vez, capacidade de absorver dióxido de carbono foi superada pelas emissões de combustíveis fósseis.
A Amazônia teve reduzida pela metade sua capacidade de absorver dióxido de carbono da atmosfera, causadores de alterações climáticas, devido à rápida velocidade com que suas árvores estão morrendo, revelou artigo publicado na quarta-feira (18/03) pela revista Nature.

Nos anos 1990, esta grande floresta foi capaz de absorver dois bilhões de toneladas de dióxido de carbono em cada ano. Agora, diz o artigo, esta capacidade foi pela primeira vez superada pelas emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis na América Latina.

A conclusão resulta de um estudo feito ao longo de 30 anos que juntou quase uma centena de pesquisadores, trabalhando em oito países. A investigação foi feita a partir de 321 pontos da floresta, nos quais foram medidas 200 mil árvores – bem como as mortes e os crescimentos de novas.

“As taxas de mortalidade das árvores aumentaram mais de um terço desde meados dos anos 1980, o que está afetando a capacidade da Amazônia de armazenar carbono”, afirma Roel Brienen, da Universidade de Leeds, no norte do Reino Unido, que coordenou os estudos.
MSB/lusa/efe

Referência:
Long-term decline of the Amazon carbon sink
Nature 519, 344–348 (19 March 2015) doi:10.1038/nature14283


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