domingo, 31 de agosto de 2014

RJ – Vitória! “Justiça determina que Petrobrás indenize pescadores por obras na Baía de Guanabara entre 2007 e 2009″.
IBDA – A justiça determinou no processo nº 0005161-16.2011.8.19.0029 que tramita na 1ª Vara Cível de Magé que a PETROBRÁS pague indenização a 96 famílias de pescadores artesanais atingidos pelas obras dos projetos GNL e GLP na Baía de Guanabara em até um salários mínimo mensal durante os 18 meses da obras, corrigido monetariamente e com juros de 1% ao mês a contar da citação, independente da prova da sua culpa. Segundo o juízo nexo causal ficou demonstrado pelo Estudo de Impacto Ambiental.

A Associação Homens do Mar da Baía de Guanabara – AHOMAR propôs o ICP junto ao MPF e acompanha a causa desde então.

A petição inicial do processo narra que o objeto da ACP é garantir o direito dos pescadores artesanais, em face da implementação de um gasoduto a fim de que sejam ressarcidos dos prejuízos causados. O ICP que originou a Ação foi instaurado em 27/4/2009 e apurou que a instalação do gasoduto causou a impossibilidade da atividade pesqueira na região estando tudo previsto no RIMA/EIA que instrui a petição inicial. Vamos acompanhar o caso e divulgar em nosso site.

Veja a integra da decisão: Sentença ACP 96 famílias


Diversidade genética em áreas restauradas de Mata Atlântica surpreende pesquisadores.
por Karina Toledo, da Agência Fapesp
Parâmetros encontrados são semelhantes aos de remanescentes florestais. Análise teve como foco quatro espécies de plantas com potencial fitoterápico. Foto: divulgação/APTA.

Agência Fapesp – Ao comparar a diversidade genética vegetal de três remanescentes florestais de Mata Atlântica com a de duas áreas em processo de restauração, todas no interior de São Paulo, pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) não observaram diferença significativa na maioria dos parâmetros analisados.

Apenas em termos de riqueza alélica (número de alelos diferentes para uma mesma região do genoma) e de riqueza de alelos privados (exclusivos de uma determinada população) as porcentagens encontradas nas áreas nativas foram maiores em relação às reflorestadas.

A análise, realizada com apoio da FAPESP, foi centrada em quatro espécies com potencial fitoterápico: araribá (Centrolobium tomentuosum, anti-inflamatório e anti-leishimania), cabreúva (Myroxylon peruiferum, antibiótica e analgésica), guaçatonga (Casearia sylvestris, anticancerígena) e pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha, antioxidante).

Os dados foram apresentados pela pesquisadora Maria Imaculada Zucchi, da APTA, durante a 7ª Reunião de Avaliação do Programa BIOTA-FAPESP, realizada em São Paulo no dia 7 de agosto.

“A diversidade genética está diretamente relacionada com a longevidade de uma população e com a sua capacidade de evoluir em resposta a mudanças ambientais. No entanto, há algumas décadas, os projetos de restauração foram implantados com alta diversidade interespecífica [muitas espécies diferentes], mas pouca ou nenhuma atenção foi dada à diversidade intraespecífica [sementes oriundas de poucas matrizes de cada espécie]. Por esse motivo o resultado do estudo nos surpreendeu”, disse Zucchi.

O uso de sementes coletadas de um pequeno número de matrizes, explicou a pesquisadora, pode restringir a base genética nas áreas de restauração florestal, resultando em uma população constituída de plantas aparentadas.

“Inicialmente, não se observa nenhum problema. Contudo, ao chegar à fase reprodutiva, haverá grande número de cruzamentos entre indivíduos aparentados, causando a endogamia e podendo aumentar a frequência de alelos deletérios ou letais nessas populações, levando-as à diminuição ou ao declínio”, explicou Zucchi.

Outra consequência da utilização de plantas com base genética restrita em áreas de reflorestamento é o chamado “efeito fundador”, ou seja, o estabelecimento de uma nova população formada por um pequeno número de genótipos.

Para verificar se áreas reflorestadas de São Paulo estavam sofrendo com esse fenômeno, os cientistas da APTA e alunos do programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular do Instituto de Biologia (IB) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) coletaram amostras das quatro espécies fitoterápicas na região de Cosmópolis, em processo de restauração há 54 anos, e em Iracemápolis, em restauração há 24 anos.

Também foram feitas coletas nos remanescentes da Estação Ecológica de Caetetus, ligada ao Instituto Florestal e situada na região de Gália; na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Tietê (UPD-Tietê), da APTA; e na Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Mata de Santa Genebra, no município de Campinas.

Ao todo, foram coletadas 414 amostras de araribá, 182 de cabreúva, 546 de guaçatonga e 394 de pau-jacaré. Desse total, foram selecionadas 20 matrizes produtoras de sementes de cada espécie com o intuito de estudar a taxa de cruzamento. O passo seguinte foi fazer a extração de DNA das amostras, a genotipagem – por um método semelhante ao usado nos testes de paternidade humanos – e o cálculo das frequências dos diferentes alelos encontrados.

De acordo com Zucchi, não houve diferença significativa entre as áreas estudadas na maioria dos parâmetros de diversidade genética – que leva em conta vários fatores populacionais como, por exemplo, o número de indivíduos heterozigotos encontrados.

Uma diferença pequena foi encontrada nas porcentagens de riqueza alélica. No caso da guaçatonga, os números foram 64% nas áreas naturais e 36% nas áreas restauradas. Para a cabreúva, as porcentagens foram de 54% e 46%, respectivamente. Para o araribá, foram 52% e 48% e, para o pau-jacaré, 56% e 44%.

Os pesquisadores também compararam os valores dos chamados alelos privados – aqueles que são exclusivos da população estudada. Nesse caso ficou mais evidente a discrepância entre áreas sendo que, para a guaçatonga, as porcentagens foram 92% nos remanescentes em relação a 8% nas áreas restauradas. No caso da cabreúva, as porcentagens foram 74% e 26%, respectivamente. Para o araribá foram 70% e 30% e, para o pau-jacaré, 68% e 32%.

Uma possível explicação para a pouca variação nos parâmetros de diversidade genética seria a ocorrência de fluxo de genes de remanescentes para as áreas reflorestadas próximas – processo que, segundo Zucchi, ficou evidente ao analisar os dados da cabreúva.

“Os indivíduos jovens das áreas restauradas possuíam alelos que não eram comuns aos indivíduos adultos da mesma área, mas eram semelhantes aos alelos encontrados em adultos de remanescentes florestais próximos, sugerindo a ocorrência de fluxo gênico da área natural para a restaurada”, comentou a pesquisadora.

O estudo da taxa de cruzamento mostrou que as espécies estudadas apresentam sistema misto de cruzamento, ou seja, podem tanto se autofecundar (autogamia) quanto cruzar com outros indivíduos da mesma espécie (alogamia). A exceção foi o araribá, que apresentou tendência à alogamia.

“Ao elaborar um projeto de conservação, uma das primeiras coisas a serem estudadas é a taxa de cruzamento, para entender como as espécies se reproduzem. Isso é importante, por exemplo, para calcular quantas matrizes diferentes serão utilizadas em uma determinada área a fim de garantir a diversidade genética necessária”, explicou Zucchi.

Genômica populacional

Nas últimas décadas, segundo Zucchi, a restauração florestal deixou de constituir o simples plantio de árvores para recobrir uma área desmatada, transformando-se na ciência que visa a reconstruir interações ecológicas complexas em comunidades vegetais degradadas pelas ações antrópicas.

Em artigo publicado no Journal od Biotechnology and Biodiversity, pesquisadores da APTA e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) discutem como os conceitos de genética de populações podem contribuir para tornar as políticas de restauração ainda mais eficientes.

“Indicadores de diversidade genética de populações, associados a outras ferramentas de conservação, são importantes para que consigamos implantar áreas reflorestadas com os níveis mínimos de riqueza alélica e de diversidade genética, que auxiliarão a conexão de remanescentes naturais, restaurando os processos ecológicos e garantindo ecossistemas funcionais, biologicamente viáveis e perpetuados no tempo”, opinou Zucchi.


Especialistas de todo mundo discutem, no Brasil, o IX volume da História Geral da África.
A UFSCar recebe os pesquisadores do Comitê Científico Internacional, entre 27 e 30/08, para discutir o conteúdo do novo volume da coleção da UNESCO. Eles participam de uma conferência aberta e de oficina epistemológica.

Cerca de 20 especialistas de renome mundial marcam presença na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em São Paulo, entre os dias 27 e 30/08/14, para discutir o conteúdo do IX volume da Coleção História Geral da África (HGA), considerada a principal referência e a mais completa obra sobre o continente. O volume, a ser elaborado por especialistas sob a responsabilidade do Comitê Científico Internacional, ligado à UNESCO, e está sendo patrocinado pelo Ministério da Educação do Brasil.

A conferência de abertura acontece no dia 27 (quarta-feira), às 10h, pelo historiador congolense Elikia M’Bokolo, presidente do Comitê Científico para o uso pedagógico da História geral da África: 

Contribuições da História Geral da África a outra visão da África e de suas Diásporas. O tema da conferência é Novas Concepções da África e das Diásporas nas Ciências Sociais e Humanas. Em seguida, às 11h30, será feita a apresentação do IX volume da coleção HGA pelo Embaixador do Benin, Olabiyi B. 

Joseph Yai. As duas palestras e a cerimônia de abertura são os únicos momentos em que o acesso será aberto ao público, incluindo transmissão pela internet por meio do link http://webconf2.rnp.br/UAB_UFSCAR . As demais sessões serão fechadas aos especialistas.

A cerimônia de abertura, prevista para as 9h30, contará com as presenças do presidente do Comitê Científico para a elaboração do IX volume da HGA, Augustin Holl; do Chefe da Seção de Diálogo Intercultural da UNESCO, Ali Moussa Iye, que coordena o projeto de elaboração da HGA; da Coordenadora da área de Educação da UNESCO no Brasil, Maria Rebeca Otero; da Secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) do MEC, Macaé Maria Evaristo dos Santos, e do Reitor da Universidade Federal de São Carlos Professor Doutor Targino de Araújo Filho.

O IX volume da História Geral da África tem por objetivo primordial atualizar a coleção com os fatos ocorridos até o presente momento, já que os oito volumes anteriores lançados pela UNESCO, cuja versão em português teve financiamento do Ministério da Educação e coordenação técnica da Universidade de São Carlos, cobrem os períodos da pré-história até a década de 1980. A nova publicação ainda contemplará as mais recentes descobertas científicas, teorias, dados e conceitos sobre o passado e o presente da África e de sua diáspora.

“A coleção História Geral da África contribui para disseminar o reconhecimento da importância do continente africano para o mundo, além de estreitar os laços históricos existentes entre a África e os países da Diáspora, entre eles o Brasil”, afirma a Coordenadora do setor de Educação da UNESCO no Brasil, Maria Rebeca Otero Gomes.

Necessidade de uma oficina epistemológica

O Comitê Científico Internacional, responsável pela elaboração da Coleção História Geral da África (HGA), estará reunido em São Carlos, do dia 27 até o dia 30 de agosto, para duas reuniões: nos dias 27 a 28/08 acontece a Oficina Epistemológica do IX volume da História Geral da África, e nos dias 29 e 30/08 a reunião do Comitê para o IX volume propriamente.

Na oficina serão discutidos temas como análise crítica dos conceitos de raça, mestiçagem e miscigenação; a descolonização de discursos e paradigmas; visão endógena da história africana; cultura tangível e intangível; a África e sua diáspora como precursor da modernidade; novos atores no continente, entre outros. O debate se dará partir do inovador conceito de África Global, estabelecido pelo Comitê como central para se escrever a história da África e suas diásporas. Esta abordagem tem por característica considerar a dinâmica e os temas transversais que permeiam as referências culturais das sociedades africanas, também difundidas e reinventadas em todo o mundo ao longo dos anos.

Durante as reuniões prévias em Salvador (novembro de 2013) e em Paris (16-19/06/2014), o comitê destacou a importância de abordar a história dos processos que ligam a África com suas diásporas, retratando como estas dialogam e influem nas diversas fases da globalização. E dada à multiplicidade e complexidade das questões, ficou definido a necessidade de realizar esta reunião no Brasil para a troca pontos de vista entre os especialistas, especificamente, a fim de se construir conceitos epistemológicos.

Sobre a Coleção

A Coleção História Geral da África, com quase 10 mil páginas, foi construída ao longo de 30 anos por 350 pesquisadores, coordenados por um comitê científico composto por 39 especialistas, dois terços deles africanos.

A obra conta a história da África a partir de uma visão de dentro do continente, usando uma metodologia interdisciplinar que envolve especialistas de áreas como história, antropologia, arqueologia, linguística, botânica, física, jornalismo, entre outros. Seu conteúdo permite novas perspectivas para os estudos e pesquisas a respeito da África.

Os oito volumes já lançados abordam o continente desde a pré-história até a década de 1980, passando pelo Egito Antigo, por diversas civilizações e dinastias, pelo tráfico de escravos, pela colonização europeia e pela independência dos diversos países. A África é destacada como berço da humanidade e de contribuição fundamental para a cultura e a produção do conhecimento científico mundial.

A História Geral da África em Português

A coleção em português, editada pela UNESCO, financiada pelo Ministério da Educação e com coordenação técnica da Universidade Federal de São Carlos, contribui para a disseminação de um novo olhar sobre a cultura e a história africanas na sociedade brasileira, e também para a transformação das relações étnico-raciais no país. Sua disponibilização na língua portuguesa integra uma estratégia para a implementação da Lei 10.639/2003, que prevê o ensino da história da África e da cultura africana e afro-brasileira nas escolas brasileiras.

Download gratuito da Coleção História Geral da África em Português:


Fonte: UNESCO
Estudo revela que 90 das 100 maiores cidades reduzem pouco ou nada o desperdício de água.
Das 100 maiores cidades brasileiras, 90 não conseguiram reduzir as perdas de água decorrentes de vazamentos, erros de medição, ligações clandestinas e outras irregularidades, entre os anos de 2011 e 2012. A constatação integra o ranking de saneamento básico divulgado nesta quarta-feira, 27 de agosto, pelo Instituto Trata Brasil.

O levantamento, cujos dados são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, revela que nestas cidades, a redução das perdas foi nula ou de até 10%.

O ranking considera perda aquela água que foi tratada e fornecida para consumo, mas que não foi cobrada porque se perdeu em vazamentos, foi roubada em ligações clandestinas ou teve erros na medição. Sem o retorno do dinheiro gasto com energia e produtos químicos para tratar a água, as empresas investem menos na melhoria do sistema.

Segundo o levantamento, em 62 das 100 cidades analisadas, se perdeu entre 30% e 60% da água tratada para consumo no ano de 2012. Em cidades como Porto Velho e Macapá, a cada 10 litros de água produzidos, 7 eram perdidos. Somente quatro municípios conseguiram manter as perdas abaixo de 15%.

“Isso é preocupante vindo de cidades que têm poder econômico para resolver essas perdas e que deveriam impulsionar a melhora deste indicador, que tem uma influência grande na expansão do sistema de saneamento básico”, afirmou ao G1 o presidente-executivo da Trata Brasil, Édison Carlos.

Sobre as cidades com perdas acima de 70%, o presidente executivo do Trata Brasil ressaltou que o quadro é de “descontrole total”. “Não há controle de vazão, de pressão das linhas. As perdas são altíssimas”.

O outro lado

A Companhia de Água Esgoto do Amapá (Caesa) contesta o dado do ranking e afirma que metade da água tratada e consumida pela população da capital é perdida – o estudo afirma que as perdas são de 73,91%, o maior índice entre as 100 cidades avaliadas.

A Caesa calcula que deixa de faturar R$ 2,5 milhões mensais com as pessoas que não pagam tarifas e desperdiçam. Elas são, em sua maioria, moradores de áreas de periferia que não têm acesso à água encanada, segundo o diretor-presidente da autarquia, Ruy Smith.

Em Porto Velho, a presidente da Companhia de Água e Esgoto de Rondônia (Caerd), Iacira Azamor, confirma que há perda de 70% da água tratada na capital. Segundo ela, um contrato para revitalização da rede de água visando reduzir as perdas será feito em setembro. A previsão é de que a obra seja concluída em um ano, reduzindo as perdas para 20%. “Hoje nosso grande problema são os furtos de água, o que também deve ser resolvido com esta obra”, afirma Iacira.

Desde 2009, o Instituto Trata Brasil elabora o ranking que avalia as condições de saneamento básico em 100 cidades brasileiras com mais de 250 mil habitantes. São analisados critérios como rede de fornecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, além das perdas de água.

Escassez

O presidente executivo do instituto explica que as perdas refletem diretamente no quadro de escassez, porque quanto mais água se perde, mais do recurso precisa ser retirado da natureza. “Esse problema tem de ser o foco das empresas de saneamento”, defendeu Édison Carlos.

Cidade que atualmente enfrenta um longo período de seca, sendo abastecida pelo volume morto de reservatórios, São Paulo teve perda de 36% da água – com nenhuma redução das perdas, se comparado com 2011.

Se foram classificados os 100 municípios por ordem dos que mais perdem água, a capital paulista fica em 57º lugar.

A Sabesp rebateu os dados afirmando que, se considerado apenas os vazamentos, a empresa tem índices melhores que o de países desenvolvidos. “Esse indicador era de 20,3% no início de 2014 e já caiu para 19,8% em junho/2014. Nos melhores sistemas do mundo, como Japão e Alemanha, as perdas físicas estão em torno de 8%. No Reino Unido são de 16%, na Filadélfia (EUA) são 25,6%, na França, 26%, e na Itália, 29%”, informou a companhia em nota.

Ranking

Lideram o ranking do saneamento básico das 100 maiores cidades do país Franca (SP), Maringá (PR), Limeira (SP), Santos (SP) e Jundiaí (SP). A maioria das cidades que estão nos 20 primeiros lugares no ranking já universalizaram o abastecimento de água, a coleta e o tratamento de esgoto.

No outro extremo estão Porto Velho (RO), Ananindeua (PA), Jaboatão dos Guararapes (PE), Belém (PA) e Macapá (AP), com os piores resultados.

Das 20 cidades com melhor colocação no ranking, 16 estão no Sudeste. Apenas duas são capitais: Curitiba e Belo Horizonte. Entre as 20 piores há seis capitais: Porto Velho, Belém, Macapá, Teresina, Manaus e Natal. Veja o ranking completo aqui.

As 20 melhores e as 20 piores do ranking do saneamento
1- Franca (SP)
2- Maringá (PR)
3- Limeira (SP)
4- Santos (SP)
5- Jundiaí (SP)
6- Uberlândia (MG)
7- São José dos Campos (SP)
8- Sorocaba (SP)
9- Curitiba (PR)
10- Ribeirão Preto (SP)
11- Ponta Grossa (PR)
12- Taubaté (SP)
13- Londrina (PR)
14- Niterói (RJ)
15- São José do Rio Preto (SP)
16- Volta Redonda (RJ)
17- Praia Grande (SP)
18- Belo Horizonte (MG)
19- Uberaba (MG)
20- Piracicaba (SP)
81- Natal (RN)
82- Manaus (AM)
83- Várzea Grande (MT)
84- Cariacica (ES)
85- Aparecida de Goiânia (GO)
86- Belford Roxo (RJ)
87- Canoas (RS)
88- Juazeiro do Norte (CE)
89- Teresina (PI)
90- São Gonçalo (RJ)
91- Santarém (PA)
92- Gravataí (RS)
93- Duque de Caxias (RJ)
94- São João de Meriti (RJ)
95- Nova Iguaçu (RJ)
96- Macapá (AP)
97- Belém (PA)
98- Jaboatão dos Guararapes (PE)
99- Ananindeua (PA)
100- Porto Velho (RO)

O estudo completo pode ser acessado pelo

* Com informações do Instituto Trata Brasil.

Fonte: EcoD
Fórum aborda envolvimento das empresas no uso da bicicleta para o trabalho.
Empresas podem contribuir muito para a melhoria da mobilidade urbana. Foto: Tommy Wells

A Prefeitura de Salvador promove no dia 5 de setembro, em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio), o II Fórum Salvador Vai de Bike com o tema As Empresas, a bicicleta e a cidade, que tem como objetivos envolver os empresários na propagação do uso da bicicleta no trabalho e também dinamizar os negócios do setor.

A expectativa do presidente da Fecomércio, Carlos Andrade, e do prefeito ACM Neto, é reunir 300 participantes entre empresários e autoridades. O evento acontece das 8h30 às 13 horas na Casa do Comércio, e tem também o apoio da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Bahia (FCDL-BA), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) e o Grupo de Líderes Empresarial (Lide).

O entendimento do município, como esclarece o secretário do Escritório de Projetos Especiais do Gabinete do Prefeito e coordenador do Movimento Salvador Vai de Bike, Isaac Edington, é que as empresas podem contribuir muito para a melhoria da mobilidade urbana, ao criarem condições para que, cada vez mais pessoas, possam usar a bicicleta para se deslocar até o trabalho.

Para conversar sobre esse assunto, contribuindo com o processo de engajamento das empresas locais nessa causa, o II Fórum Salvador Vai de Bike convidou José Lobo, diretor da organização Transporte Ativo(RJ) – uma das mais respeitadas no País, com expertise em planejamento cicloviário e defensora da utilização de meios de transporte à propulsão humana.

Locomoção e transporte

Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes e Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e similares (Abraciclo), por exemplo, revelam que cerca de 50% do total de bikes vendidas no Brasil é voltada para a locomoção e transporte.

Os bike negócios também estão na pauta do Fórum. Às vésperas de completar um ano em exercício, o Movimento Salvador Vai de Bike observa o incremento dos negócios relacionados a bicicleta.

Desoneração

Empresários do segmento acreditam que é possível avançar mais e atrair investimentos, no entanto para que isso aconteça é necessário desonerar as atividades relacionadas à fabricação de bikes e peças; e promover a substituição tributária para que as bicicletas sejam equipamentos mais acessíveis.

Esse tema será abordado por Marcelo Maciel, presidente da Aliança Bike, entidade nacional que congrega fabricantes, importadores, fornecedores, distribuidores e lojistas de bicicletas, acessórios, partes e peças, bem como, associações, instituições e pessoas físicas que promovem o uso da bicicleta enquanto meio de locomoção efetivo do brasileiro.

Também participará do Fórum, o empresário Tito Caloi (foto), presidente da Tito Bikes, empresa fundada depois que a família Caloi vendeu o negócio. Outro ponto importante é a bicicleta inserida na cadeia logística como interessante alternativa para o chamado “último quilômetro”, considerado atualmente como um dos setores mais caros, menos eficientes e mais poluentes.

SERVIÇO:

O que – II Fórum Salvador Vai de Bike
Tema -“As Empresas, a bicicleta e a cidade”
Data – 05/09/204
Local – Casa do Comércio
Horário – 8:30 às 13 horas
Acesso – Só para convidados

Fonte: EcoD
Fundo Clima realoca recursos para combate ao efeito estufa.
Difusão tecnológica e práticas adaptativas para o desenvolvimento sustentável do semiárido estão entre as prioridades.

Mais de R$ 10 milhões serão destinados, este ano, para ações de combate às emissões de gases de efeito estufa. O Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) aprovou, nesta quinta-feira, o remanejamento dos recursos não-reembolsáveis previstos para 2014. O montante financiará projetos desenvolvidos por diversas instituições em diferentes áreas ligadas ao aquecimento global.

Pioneiro no apoio a pesquisas e programas de mitigação e adaptação, o Fundo é um dos principais instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Com natureza contábil e vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), é administrado por um comitê formado por representantes de órgãos federais, da sociedade civil, do terceiro setor, dos estados e dos municípios.

Ciência

Os projetos contemplados envolvem desenvolvimento e difusão tecnológica, práticas adaptativas para o desenvolvimento sustentável do semiárido, monitoramento e avaliação e adaptação da sociedade e ecossistemas. Entre eles, há estudos para aproveitamento energético do biogás e de energia solar, construção de indicadores de vulnerabilidade da população e um sistema de coleta de informações oceanográficas.

O incentivo à pesquisa e à criação de novas tecnologias é uma das prioridades das linhas de financiamento do Fundo. O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Carlos Klink, citou os projetos ligadas às energias renováveis e à capacitação como exemplos. “Há bastante empenho e o Fundo tem feito desembolsos significativos de apoio à ciência em todo o país”, destacou.

Saiba mais

Apesar de considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sido intensificado nas últimas décadas acarretando mudanças climáticas. Essas alterações resultam do aumento descontrolado das emissões de gases como o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias é consequência de diversas atividades humanas, entre elas o transporte urbano, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.


sábado, 30 de agosto de 2014

Menino de 14 anos deixa produção de biocombustível 500 vezes mais eficiente.
As algas são excelentes matérias-primas para a fabricação de biocombustível. No entanto, os sistemas tradicionais de produção ainda não lentos, o que encarece seu uso. Porém, se depender de Gregory Martin, um norte-americano de 14 anos, isso logo vai mudar.

O adolescente, que é um dos finalistas do concurso de ciência do Google, desenvolveu um método que aumenta a quantidade de lipídios nas algas em 500%. A técnica é simples e os resultados mostram que essa alternativa poderia elevar os rendimentos em números bem expressivos.

A premissa considerada por Martin para desenvolver seu experimento é a de que a produção de lipídeos em uma alga varia de acordo com a quantidade de nitrogênio. Naturalmente as algas consomem esse nitrogênio, mas este processo é demorado e somente a partir da escassez dessa substância é que aumenta-se a produção de lipídios.

Então, o jovem considerou maneiras de acelerar essa relação.

Em suas análises, o norte-americano considerou dez tipos diferentes de concentração de algas, vitaminas e nitrogênio. Os testes foram feitos com variações até que chegasse a 0% de nitrogênio dentro do tubo de algas. A expectativa inicial era de que a falta do elemento pudesse elevar a produção de lipídios em 30%. Mas, no sétimo dia o resultado já era 300% maior que o natural e em dez dias a produção chegou a 500% acima da média.

Esse experimento pode ajudar a tornar a produção de biocombustíveis mais eficientes. As algas podem ser trabalhadas em uma área muito menor, devido à melhor produtividade, reduzindo o tempo, a matéria-prima e até mesmo a mão-de-obra envolvida no processo.

Clique aqui para ver todos os detalhes desse projeto.


Fonte: CICLOVIVO
Itaipu inicia testes com primeiro avião elétrico tripulado da América Latina.
por Itaipu Binacional
O modelo com propulsão elétrica é denominado Sora-e. Fotos: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Protótipo tem como base o modelo esportivo acrobático ACS-100 SORA, para duas pessoas.

Técnicos e engenheiros do Programa Veículo Elétrico (VE), da Itaipu Binacional, e da empresa ACS Aviation, de São José dos Campos (SP), começaram nesta semana, em Foz do Iguaçu (PR), a fase de pré-comissionamento do primeiro avião elétrico tripulado da América Latina.

O protótipo, que tem como base o modelo esportivo acrobático ACS-100 Sora, para duas pessoas, chegou sexta-feira, 22 de agosto, ao Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Montagem de Veículos Movidos a Eletricidade (CPDM-VE) da binacional. O modelo com propulsão elétrica é denominado Sora-e.

O presidente da ACS, engenheiro Alexandre Zaramella, e o diretor de desenvolvimento, engenheiro Conrado Almeida, estão na cidade nesta semana acompanhando o início dos trabalhos.

“Esse estágio é importante para o projeto porque é o momento em que fazemos os principais ensaios de solo. Depois, será feita a certificação do modelo com os órgãos competentes e, finalmente, o voo inaugural”, afirmou o coordenador brasileiro do Programa VE, Celso Novais.

Segundo ele, a expectativa é realizar o primeiro voo com Sora-e entre outubro e novembro deste ano, em local ainda a ser definido – Foz do Iguaçu ou São José dos Campos.

Dificuldades logísticas

Novais acrescentou que o cronograma inicial divulgado pelo Programa VE, em 2013, para o início dos testes com o avião elétrico, teve de ser alterado devido as dificuldades logísticas. Para ser transportado até Foz do Iguaçu, o modelo precisou ser dividido no ponto entre o cone da cauda e a fuselagem.

“Foi um trabalho complexo, que requereu uma reengenharia do projeto, para que não perdêssemos as características estruturais da aeronave”, afirmou.

Sobre a aeronave

Com 8 metros de envergadura (de uma ponta a outra da asa) e 650 quilos de peso total, o Sora-e terá autonomia de uma hora de voo e velocidade máxima de 340 km/h.

O modelo vai carregar um motor elétrico duplo, fabricado na Eslovênia, com potência máxima de 140 kW, e um conjunto com seis packs de baterias, contendo 16 células cada um. A estrutura é feita com fibra de carbono e o painel terá tela com tecnologia touch screen.

Zaramella explicou que o modelo chegou a Foz do Iguaçu com praticamente 90% do trabalho concluído. “Toda a parte estrutural está pronta e o motor, instalado. Faltam as baterias e a hélice. Esta última virá dos Estados Unidos, fabricada especialmente para o modelo.”
Motor do avião elétrico.

O executivo salientou que a transformação do modelo a combustão em elétrico demandou uma série de estudos e adaptações, incluindo modificações na asa para melhorar a aerodinâmica.

“A dificuldade neste projeto é que estamos desenvolvendo algo totalmente novo na área da aeronáutica. No futuro, todo esse trabalho, o histórico, as anotações técnicas, servirão como base para a certificação de outros veículos aéreos elétricos”, comentou.

Parceria com Itaipu

Zaramella explicou que o ACS-100 Sora começou a ser desenvolvido pela empresa em 2006 e voou pela primeira vez dois anos depois, sempre com motor a combustão.

De acordo com o executivo, a parceria com Itaipu para desenvolver o Sora-e pretende posicionar a empresa no atual cenário internacional, especialmente da Europa e dos Estados Unidos.

Futuro projetado

“A nossa visão é que no futuro, os meios de transporte, inclusive aéreos, vão migrar para a motorização elétrica. Por isso, todas as grandes empresas [do setor], tais como Airbus, Boeing e Embraer já estão desenvolvendo ou pesquisando aviões elétricos”, comentou.

Já para o Programa VE, o interesse com a parceria é o domínio da tecnologia de materiais compostos, usados no setor aeronáutico – e que são fundamentais para a redução do peso dos protótipos. “A redução do peso levará a uma melhora significativa na autonomia dos veículos elétricos”, comentou Novais.


Mas afinal de contas, o que é sustentabilidade?
por Liliane Bortoluci*

Não há dúvidas de que “sustentabilidade” é um dos termos mais utilizados atualmente, em grande parte dos ambientes corporativos pelos quais transitamos. Mas, em um momento em que a palavra tornou-se veículo para todo tipo de propaganda, não fará mal a ninguém resgatar seu significado original.

Essa ideia surgiu em 1987, no chamado Relatório Brudtland, documento elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Ele define que o desenvolvimento sustentável é aquele que “satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. Sabemos que o modo de produção e consumo que se alastrou ao longo do século XX mostrou-se incapaz de se manter, ao passo que o planeta tornou-se, em 2007, um ambiente majoritariamente urbano. No Brasil, mais de 80% da população está nas cidades, mas essa migração feita de maneira desorganizada oferece espaços inadequados para os moradores e promove destruição de vegetações, mananciais, matas nativas e outras riquezas naturais.

Para fazer diferente, a criação de novas técnicas e práticas de construção e habitação deve ocorrer através da inovação, que só pode ser obtida a partir de novas experiências, intercâmbios de conhecimento e comunicação entre os profissionais empenhados em construir uma nova realidade. Se estamos no caminho certo, também é certo que as cidades tradicionais ainda consomem cerca de 40% dos recursos naturais extraídos e 50% da produção de energia. Também produzem cerca de 50% de todos os resíduos sólidos e são responsáveis por até 75% das emissões de gás carbono em todo o mundo, segundo o guia Sustentabilidade na Arquitetura da AsBEA – Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, uma das apoiadoras da Expo Arquitetura Sustentável.

Se sabemos de tudo isso há tanto tempo, o que mudou? A diferença é que agora, serão escolhidos os profissionais capazes de oferecer em seus trabalhos ideias conectadas a esse novo paradigma. A sustentabilidade, agora, também provou-se garantia de retorno de investimento. Esses profissionais devem, portanto, buscar qualificação e conhecimento para fazer melhor e diferente, quebrando antigas regras e oferecendo novas possibilidades de estilo de vida, comutação e consumo. E não é exagero dizer que são os urbanistas, engenheiros, arquitetos e designers – entre outros – que definirão como viveremos daqui em diante para que as futuras gerações possam desfrutar de um mundo ainda munido de vegetação, de terra fértil, de água e de energia limpa. Nossa missão é manter o suporte para que eles possam trabalhar.

* Liliane Bortoluci é diretora da Expo Arquitetura Sustentável, promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, formada em engenharia pela Fundação Armando Álvares Penteado.


Fonte: ENVOLVERDE
Discussão sobre avanços e desafios da educação Amazônica deve continuar.
O Seminário de Educação do Campo abordou em seus dois dias vários aspectos relacionados à educação no campo, passando por temas como a formação dos professores e a pedagogia utilizada no processo de aprendizagem das crianças do interior do Estado. A iniciativa foi uma parceria da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) com o Fundo das Nações Unidas para a Criança (Unicef), e apoio da Secretaria de Estado e Qualidade de Ensino (Seduc-AM).

No primeiro dia, foi promovido um olhar panorâmico sobre a realidade atual na educação no campo na Amazônia, passando pelo tipo ideal identificado no Projeto Caboclo, de Darcy Ribeiro, quase implementado no país em meados de 1997, e a situação atual da educação indígena e ribeirinha nos planos de educação municipais da Amazônia.

“Se o projeto tivesse sido implementado, o que não ocorreu pela fatalidade do falecimento de Darcy, certamente estaríamos em um patamar a frente na educação no Brasil. O que importa é que com ele muito pode ser aprendido, muito pode ser realizado, para vencermos a utopia de termos uma educação de qualidade na Amazônia”, avaliou o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana.

As políticas públicas atuais foram avaliadas, quando analisadas seu potencial para o enfrentamento da realidade existente. Segundo pesquisa promovida pelo Programa de Educação e Saúde da FAS, a grande maioria dos 671 alunos avaliados em oito municípios do interior do Estado não apresentavam, aos 13 anos de idade, as habilidades requeridas para serem considerados alfabetizados, o que deveria ter sido consolidado aos oito anos. A pesquisa foi aplicada nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDSs) Rio Negro, Mamirauá, Cujubim, Juma, Uatumã e na Floresta Estadual (Florest) Maués.

“Está claro que é necessária ação voltada para educação em todas as esferas. Esse debate é muito importante porque reúne instituições de vários eixos, para discutirem um desafio que só pode ser vencido de forma conjunta: levar educação de qualidade para as comunidades ribeirinhas da Amazônia”, explicou Marcelo Mazzoli, coordenador nacional de educação do Unicef.

O seminário também serviu para exposição com a apresentação de experiências exitosas de educação na Amazônia. Atualmente, existem experiências positivas de promoção da educação em regiões ribeirinhas, como os sete Núcleos de Conservação e Sustentabilidade (NCSs) da FAS, que levam educação, saúde e empreendedorismo em unidades de conservação (UCs) atendidas pelo PBF.

No último dia de atividades do seminário, foi promovida uma visita técnica na comunidade do Tumbira, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro. O roteiro incluiu uma visita ao Núcleo de Conservação e Sustentabilidade (NCS) Agnello Uchoa Bittencourt, um espaço de educação que conta com salas de aula, biblioteca, laboratório de informática, posto de saúde e laboratório de inovação tecnológica.

“Essas reflexões foram todas guardadas, e comporão uma publicação que servirá de orientação para dezenas de prefeitos espalhados pela Amazônia. Estamos criando uma própria agenda para a Amazônia, queremos aproveitar esse espaço para que todos os atores se fortaleçam, queremos que essa utopia se torne uma realidade”, comentou Unai Sacona, representante da Unicef para a Amazônia.

Em dezembro próximo, a ideia é a realizar uma nova edição do seminário, que envolverá lideranças de vários segmentos, incluindo indígenas, extrativistas e quilombolas. O evento deve elaborar propostas para serem apresentadas aos novos governos, que tomam posse em janeiro de 2015.

Curitiba comemora eficiência de projeto com carros elétricos.
Em apenas dois meses, a capital paranaense deixou de consumir 1.522 litros de combustível. Foto: Divulgação

A cidade de Curitiba tem comemorado os bons resultados do projeto Ecoelétrico, que implantou a utilização de veículos elétricos no município. Iniciada há apenas dois meses, a proposta já conseguiu reduzir quase duas toneladas de CO2 que seriam liberadas na atmosfera.

A iniciativa é composta por oito eletropostos e uma frota de dez veículos elétricos, compartilhados entre a Guarda Municipal, a Secretaria Municipal de Trânsito, o Instituto Curitiba de Turismo e a Itaipu Binacional. Os carros são modelos da Renault, que funcionam com um sistema de mobilidade elétrica inteligente, o Mobi-me, desenvolvido pelo CeiiA. Através da tecnologia é possível monitorar quase todas as informações dos veículos.

Os motores usados no projeto-piloto, ancorado pelo Programa de Mobilidade Elétrica Inteligente da Itaipu, o Mob.I, são totalmente elétricos. Assim sendo, em apenas dois meses, a capital paranaense deixou de consumir 1.522 litros de combustível, o equivalente a dez barris de petróleo. Isso significa que eles têm emissão zero de gases de efeito estufa e em um ano, os dez carros impediriam a emissão de 1.160 toneladas de CO2.

O resultado é bastante positivo, mas a ideia é aprimorá-lo ainda mais. “Durante esses dois meses, o que se buscou foi trabalhar várias frentes, a começar pelo aprimoramento do próprio projeto, que é piloto e precisa avançar em vários aspectos”, explicou a diretora financeira executiva da Itaipu, Margaret Groff, durante a cerimônia de apresentação dos resultados.

A representante ainda informou que o propósito do projeto é viabilizar a tecnologia para o consumidor final. “Estamos buscando, com esse projeto-piloto, avançar na pesquisa e no desenvolvimento de novas tecnologias para o usuário final. Por isso, são fundamentais os aspectos de integração e conectividade, que estão na essência do projeto Mob.I”, finalizou. 

Fonte: CICLOVIVO
Conferência reúne meteorologistas de todo o mundo para discutir clima.
por Laura Gelbert, da Rádio ONU
Foto: Banco Mundial/Curt Carnemark.

Previsão do tempo mais exata é um dos temas discutidos.
Cerca de mil cientistas e especialistas de todo mundo estão reunidos em uma conferência inédita, em Montreal, no Canadá. O evento é promovido pela Organização Mundial de Meteorologia, OMM.

Um dos tópicos discutidos na primeira Conferência Mundial “Open Science” de Meteorologia é a previsão do tempo.

Avanços

Segundo o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, “graças a grandes investimentos em pesquisa e observações, previsões num maior espaço hoje são tão confiáveis como as previsões curtas de 20 anos atrás”.
Ele disse ainda que progresso científico contínuo vai fazer com que informações e previsões de tempo sejam ferramentas cada vez mais poderosas para redução de riscos de eventos extremos. Jarraud mencionou a importância também para gerenciamento de sistemas de transporte, energia e água.

A doutoranda em Meteorologia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe, Isabel Porto Silveira, falou por telefone do Canadá à Rádio ONU sobre a conferência.

Ela disse que a reunião é “bastante abrangente” em relação aos pontos de estudo sobre mudanças no tempo e no clima.

Dados

“Ao redor do mundo, as pessoas estão tentando melhorar a previsão do tempo, no sentido de modelos mais perfeitos estão sendo desenvolvidos, métodos de assimilação de dados observados estão sendo desenvolvidos também, isso ajuda que a previsão do tempo seja mais precisa. (…) Testes ao redor do mundo estão sendo feitos para que estes modelos sejam mais precisos.”

A especialista também falou sobre a questão da previsão do tempo.

“Acredito que dos últimos 10 anos pra cá, a previsão tanto de tempo quanto de clima tenha melhorado muito e a força mundial para que isso aconteça é muito grande.”

Ela disse que o Brasil está desenvolvendo um modelo de previsão do tempo em cooperação com outros centros mundiais. A especialista também falou sobre a diferença entre tempo e clima.

“A previsão de tempo, ela é pra agora, dentro uma semana, 10 dias. A previsão de clima é desde escalas de meses até escalas de anos e décadas. Então, quando a gente fala em clima, a gente fala de longo prazo, mudanças que acontecem a longo prazo. E tempo é isso que a gente vive diariamente.”

Segundo a OMM, as comunidades de tempo e clima estão trabalhando juntas para estender a confiabilidade e utilidade de suas previsões a níveis além do que previamente se pensou possível.

Fonte: Rádio ONU