quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Movimento Lixo Zero incentiva a reciclagem em restaurantes e hotéis do Rio.

Entidade desenvolveu sistema próprio de coleta seletiva em casas como Lapamaki, CT Trattorie e o Hotel Arena.
por Cibelle Brito

RIO - Muito se fala sobre a importância da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos, mas faltam opções para resolver esta questão na prática para os restaurantes, grandes produtores de lixo. Em abril, no entanto, foi criado o Movimento Lixo Zero. Uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), ela tem como objetivo viabilizar a reciclagem por meio de um sistema próprio de coleta seletiva e encaminhamento dos resíduos às cooperativas de separação de material reciclável. A Oscip também oferece treinamento para as equipes dos associados e auxílio na regularização de cooperativas de reciclagem.
A expectativa do projeto era chegar a cem estabelecimentos até o fim do ano, mas, de acordo com Alfredo Piragibe, presidente do instituto, quase 50 estabelecimentos já aderiram ao projeto nos primeiros três meses. Por enquanto, a iniciativa só atende a estabelecimentos de rua e reaproveita apenas lixo não-orgânico.

— A ideia surgiu em 2012, mas só ganhou forma em outubro passado. Queríamos uma solução para os grandes geradores de resíduos, como os restaurantes e hotéis, e organizar um processo que facilitasse a logística. O grande custo dessas empresas era com o transporte dos resíduos, que decidimos internalizar no Lixo Zero. Também fazemos a ponte entre as empresas e as cooperativas de lixo — explica Alfredo.

PRÓXIMA META É REAPROVEITAR LIXO ORGÂNICO

A empresária Flávia Gullo, da rede Lapamaki, foi uma das primeiras a aderir ao projeto, junto a outros três restaurantes e um hotel: CT Trattorie, CT Boucherie, Olympe e o Hotel Arena, em Copacabana. Recentemente a rede de bares Belmonte e a rede Trigo — das franquias Koni Store, Domino´s e Spoleto — aderiu ao movimento em algumas unidades.

Além de recolher o lixo seco, o Lixo Zero indica modificações na logística dos restaurantes e promove um treinamento que, para a sócia do Lapamaki, é o maior desafio.

— Nossa maior dificuldade aqui era conscientizar nossos funcionários a entender a proposta de separar o lixo seco do lixo úmido. Geralmente as pessoas não fazem por não saberem o propósito disso, mas aos poucos todos aprendem e até passam a levar a rotina da separação para suas casas — conta Flavia.


Em um mês de coleta nas unidades Copacabana e Ipanema foram recolhidos 3.600kg de recicláveis, o equivalente a 10% dos resíduos totais gerados pelo restaurante. A proposta é chegar a uma média de 30% de aproveitamento dos resíduos nos próximos 60 dias. Para Alfredo Piragibe, o próximo passo do Lixo Zero incluir o lixo orgânico na política de reaproveitamento:

— Seria um grande passo, pois aumentaria o percentual de reaproveitamento em até 90% do lixo total — explica.
O encaminhamento às cooperativas de separação de material reciclável faz parte da iniciativa - Hudson Pontes/Agência O Globo / Hudson Pontes.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/bairros/movimento-lixo-zero-incentiva-reciclagem-em-restaurantes-hoteis-do-rio-17083804#ixzz3icZEFnzh 

© 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.


Fonte: O GLOBO

Nenhum comentário:

Postar um comentário