quarta-feira, 31 de maio de 2017

Por que um Brasil sustentável, logo agora?
Renata Koch Alvarenga* – 

Em meio ao caos que se resultou no país após o impeachment de Dilma Rousseff, com a entrada de um novo governo e com a economia decadente, o discurso da sustentabilidade tornou-se figurante no Brasil e corre o risco de não voltar a estar dentre as prioridades do governo tão cedo – o que é extremamente alarmante.

A COP21, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, aconteceu em dezembro de 2015, somente um mês após o maior desastre ambiental da história do Brasil: o rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais. Apesar disso, o Brasil teve uma posição de liderança nas negociações climáticas, e o Acordo de Paris, que entrou em vigor no final do ano passado, foi adotado por 195 países, incluindo diversas medidas que visam combater as mudanças climáticas.

Dentre essas medidas, destaca-se a cláusula para manter o aumento da temperatura média global em menos de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, realizando esforços para que o aumento máximo da temperatura seja de 1,5°C. Essa última condição, motivo de polêmica nas negociações em Paris, é crucial, pois esse meio grau Celsius de diferença pode resultar em consequências desastrosas para o planeta – e principalmente para o Brasil.
Delegação de jovens brasileiros da ONG Engajamundo realizaram ações na COP21 para garantir que o limite de temperatura 1.5°C estivesse no Acordo de Paris..

Sede da maior floresta tropical do mundo, o Brasil tem 42% do seu território ocupado pela floresta Amazônica. Devido a essa riqueza natural, o governo brasileiro possui o dever de implementar medidas ambientais que visem proteger a Amazônia. A questão do 1,5°C encaixa-se nisso, já que dentre as principais fontes emissoras de gases de efeito estufa no Brasil está o desmatamento de regiões tropicais como a floresta Amazônica.

Um segundo fator diz respeito à queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão mineral), que não são renováveis e causam muita poluição na atmosfera. O setor de produção de energia brasileiro, por meio das termelétricas, é um dos mais poluentes e, desde 2013, tem sido utilizado como medida para amenizar a crise hídrica que atingiu o Brasil – mais um motivo para manter o aumento em 1,5°C.

De acordo com o site Carbon Brief, o orçamento atual de carbono revela que em apenas quatro anos de emissões globais de gases de efeito estufa o aumento da temperatura média global será maior do que 1,5°C. Essa informação leva o planeta a um estado de urgência; e o Brasil, como um dos principais emissores do mundo (atrás da China, dos EUA, e da União Europeia), tem enorme responsabilidade na luta para estabilizar a temperatura do planeta.

A crise política e econômica do Brasil não deve – e nem pode –  ser deixada de lado em meio à urgência ambiental no planeta. Entretanto, mais do que nunca, as secas e as enchentes, assim como outros desastres ambientais, têm o potencial de desestabilizar o Brasil em proporções catastróficas. Se as mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável não forem vistos como prioridades pelo governo brasileiro e pela população, as consequências serão muito piores do que a atual instabilidade que figura nos setores público e privado.

*Renata é estudante de Relações Internacionais e representou a juventude brasileira na COP21.


Fonte: ENVOLVERDE
Emissão de gases da queima da cana paulista diminuiu 44% em 25 anos.
Entre 1990 e 2015, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) geradas pela colheita da cana-de-açúcar foram reduzidas em 44% no Estado de São Paulo. O registro consta de estudo recente que atualizou informações do 1º Inventário de Emissões Antrópicas de Gases de Efeitos Estufa Diretos e Indiretos do Estado de São Paulo, realizado por pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (SP), seguindo a mais recente metodologia publicada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

O documento traz estimativas anuais para o estado e municípios. Apesar de o novo método resultar em maiores emissões de gases em relação ao anterior, nas mesmas condições de produção e quantidade de cana-de-açúcar, o resultado mais importante é a acentuada redução da emissão nos últimos anos, efeito direto da adoção do corte da cana crua, preconizado por lei e adotado progressivamente no Estado de São Paulo.

Método mais adequado de medição

O método mais recente do IPCC, de 2006, apresenta diferentes fatores de emissão de gases de efeito estufa para a queima de resíduos agrícolas em relação ao método anterior, de 1996. Com exceção do metano (CH4), cujo fator de emissão foi pouquíssimo alterado, os fatores de emissão de dióxido de carbono (CO2), óxido nitroso (N2O) e óxidos de nitrogênio (NOX) foram estimados em metade do valor apresentado pelo método de 1996, daí a resultante redução nas emissões estimativas desses gases. Estudos podem surgir ainda com fatores mais específicos para o caso da cana-de-açúcar, cujos resultados incidirão certamente em futuras estimativas estaduais de emissão. Nesse último método de 2006, explica o pesquisador Alfredo Luiz, as emissões não são medidas, e sim estimadas por meio de fórmulas. Nas fórmulas, cada país fornece seus dados de área e de manejo e utiliza parâmetros preconizados pelo método do IPCC.

“Assim, destaca o pesquisador, o impacto final da aplicação dos novos parâmetros (IPCC, 2006) sobre as mesmas condições (área e manejo) foi a de aumentar o total emitido, quando comparado com as estimativas feitas para o mesmo ano com o método do IPCC de 1996. Entretanto, ao longo do tempo, com a adoção da colheita sem queima, houve uma redução nas emissões, independentemente do método utilizado para o cálculo. Os autores explicam que as emissões totais estimadas referentes a 2015 correspondem a uma redução de 44,3% em relação a 1990.
Foto: Segundo Urquiaga

Segundo a análise da pesquisadora da Embrapa Magda Lima, autora do trabalho, esse decréscimo evidencia o papel da legislação estadual e de sua implementação sobre o controle de queimada. “Além disso, o trabalho mostra que as estimativas de emissão de metano em 1990 resultaram em valores 4% inferiores aos obtidos no relatório de referência sobre o setor de agricultura do 1º Inventário, publicado em 2015, o qual se baseou na aplicação do método do IPCC de 1996 para o período de 1990 a 2008. No mesmo ano, as estimativas de emissão de óxido nitroso e de nitrogênio foram 50% inferiores às estimadas pelo método do IPCC de 1996, enquanto as emissões de monóxido de carbono foram 55% superiores,” relata a cientista.

São Paulo é o principal estado produtor da cana-de-açúcar, com mais de 423 milhões de toneladas produzidas em 2015, o que representa 54,8% da produção nacional e área colhida de cinco milhões de hectares, 56,6% do País. Em 2006, 469 municípios paulistas colheram cana-de-açúcar, enquanto em 2015 foram 508, do total de 645. Observou-se maior densidade de áreas de cultura na região nordeste paulista, e, consequentemente, maior quantidade emitida de gases, sobretudo em 2006, quando havia ainda grande incidência de queima na pré-colheita. Em 2015, a prática de colheita crua fica bastante evidente e apresenta o efeito progressivo da legislação de controle de queimadas.

A pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não discrimina a área colhida por uso do produto, ou seja, não especifica se a produção se destina ao setor sucroalcooleiro, à fabricação de cachaça, rapadura ou para alimentação animal. As estimativas levaram em consideração a área total colhida conforme a base de dados da PAM.

Legislação

A queima busca facilitar as operações de colheita, promovendo a eliminação das folhas. A Lei 11.241 de 2002, que trata da exclusão dessa prática no Estado de São Paulo, determina que nas áreas mecanizáveis (cuja inclinação é igual ou inferior a 12%), o uso do fogo deverá ser suspenso gradativamente até 2021.

O Protocolo Etanol Verde, iniciativa do governo estadual e do setor sucroenergético, antecipou esse prazo para 2014 e prevê a concessão anual de um certificado de conformidade aos produtores que adotarem boas práticas de manejo. Nas áreas consideradas não mecanizáveis, a queima, que deveria ser totalmente abandonada até 2031, teve sua eliminação antecipada para 2017.

As estimativas registradas foram derivadas de dados obtidos por outras instituições, os de área colhida utilizados são oficiais gerados pelo IBGE, órgão responsável pelas estatísticas agrícolas brasileiras, e os dados de queima foram produzidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entretanto, é importante ressaltar que, como toda estimativa, o resultado final é uma aproximação do valor real.

A colheita da cana era feita integralmente com queima até 1995. Em 1996, com a chegada ao País de máquinas colheitadeiras específicas para a cultura, teve início a colheita sem queima em 10% da área do Estado de São Paulo. Em 2002, foi aprovada a lei que determinou o fim gradual da queima de cana em áreas planas no estado e seus efeitos começaram a ser percebidos a partir de 2006. 

Atualmente o percentual de cana colhida sem queima está próximo de 80%.

Prática de queima e o ano em que começou a diminuir no estado – evolução. O que está em verde é o total, e as outras cores mostram as áreas de cana com queima e sem queima. Autores: Magda Lima, Alfredo Bueno e Marcos Neve

De acordo com os autores, com base na tendência de redução da prática da queima observada em todas as regiões do estado, pode-se assumir que os valores apresentados não estão distantes daqueles realmente praticados.

O impacto da aplicação do método do IPCC sobre as estimativas estaduais de emissões de gases foi notório e, à medida que novos estudos sobre fatores de emissão específicos para cana-de-açúcar tornarem-se disponíveis, será possível aprimorar ainda mais as estimativas.

Histórico
A Embrapa Meio Ambiente iniciou sua participação nos esforços nacionais e globais para o estudo das Emissões Antrópicas de Gases de Efeitos Estufa há mais de 20 anos, com a preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – Rio 92. Desde então, a Embrapa, por meio de suas diversas Unidades de pesquisa, tem contribuído na elaboração de relatórios de referência do setor de agropecuária.
Esses relatórios, que visam a compor inventários, apresentam estimativas de emissão com base em dados secundários e não necessariamente em medições, conforme estabelecido nos métodos adotados pelo Painel Intergovernamental de Mudança do Clima (IPCC). Assim sendo, tanto a fonte dos dados utilizados como os parâmetros e fórmulas aplicados influenciam de forma decisiva nos resultados alcançados.

De autoria de Magda Lima, Alfredo Luiz e Marcos Neves, o documento está disponível na página.


Fonte: ENVOLVERDE
Esta é uma das mais poderosas plantas: cura todo tipo de inflamação e limpa os pulmões!

Vamos falar agora de uma das mais poderosas plantas medicinais.

Que planta é essa?

É a tanchagem, cujo nome científico é Plantago major.

Esta planta é muito especial.

Ela limpa o sangue e os pulmões.

O chá de suas folhas serve como cicatrizante; combate diarreia, problemas gastrointestinais e dores de dentes; desinflama os gânglios; faz parar o catarro dos brônquios e desinflama boca e garganta.

É também excelente apoio para quem quer parar de fumar.

As folhas limpas e escaldadas em água fervente aplicadas sobre feridas ou úlceras são cicatrizantes e servem também contra lepra, mordida de cão e queimaduras.

O chá morno também serve para banho de assento em caso de leucorreia.

As folhas como emplastro curam feridas, fístulas e hemorroidas.

A infusão de folhas serve para estancar hemorragias nasais, em caso de retenção de líquidos e para eliminar a tosse e as mucosidades.

As folhas e espigas tomadas em cozimento são excelentes para curar algumas afecções hepáticas e estomacais.

É uma planta com forte ação anti-inflamatória.

Usa-se toda a parte aérea da planta, ou seja, as folhas e o pedúnculo.
Basta esmagar e colocar em água fervente duas colheres de sopa em um litro de água e esperar esfriar; coe e está pronto.
Lave muito bem antes em água corrente, pois a tanchagem é muito rasteira e acumula terra e areia com facilidade.

É um excelente cicatrizante.

Para aftas, este chá em bochechos é um grande remédio.

Há relatos de cura de ferida no útero e de HPV.

Nesse caso, tomar o chá de tanchagem com chá de alfavaca durante quatro meses e a cada duas semanas fazer ducha vaginal com o chá de morno para frio.

Esta receita também serve para câncer de colo de útero.

Um resumo das indicações terapêuticas da tanchagem - ela trata:

- Asma e afecções das vias respiratórias, da boca e garganta;
- infecções;
- gota, excesso de ácido úrico no sangue;
- úlcera gástrica;
- inflamações nos ouvidos, nos olhos, nas gengivas, na garganta, nas amígdalas, na faringe, no estômago, nos intestinos, nos rins e na bexiga;
- gripes;
- sinusite;
- apendicite;
- conjuntivite;
- hemorroidas;
- problemas urinários;
- Diarreia, cólica infantil
- feridas.

Você encontra a tanchagem em boas lojas de produtos naturais ou em casas de ervas medicinais.

Pessoas que não devem tomar o chá de tanchagem: grávidas, lactantes (mulheres que estão amamentando) e cardíacos.

Este é um blog de notícias sobre tratamentos caseiros. Ele não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.

Eles aparafusam garrafas plásticas em um pedaço de papelão e penduram na janela. O ar circula diferente agora.
Em muitos lugares ao redor do mundo as pessoas não têm acesso aos luxos que a gente não dá valor: eletricidade, internet, água corrente, ou até mesmo itens básicos como comida e água limpa. Adicione a isso as insuportáveis temperaturas de verão em lugares como a Índia e metade da população não trabalha na maior parte da tarde. Mas há esperança para a situação deles!

Mais de 28.000 pessoas vive em uma pequena área chamada Daulatdia em Bangladesh. Elas estão amontoadas em casebres sem água corrente, e a temperatura dentro e fora de casa vai além dos 45ºC.
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Algo tinha que ser feito, então eles inventaram o primeiro ar-condicionado sem eletricidade.


Ele é feito com um pedaço de papelão duro e uma série de garradas plásticas recicladas. Os fundos e os pescoços das garrafas são cortados e depois colocados nos furos feitos no papelão.

Quando todas as garrafas já estão no lugar, o papelão é colocado na frente da porta ou janela. O efeito refrigerador é imediato.

O ar quente entra nas garrafas  pelo lado de fora e depois manda um ar mais frio pra fora pela passagem do fino pescoço. Este princípio é similar ao efeito de quando você exala dentro da sua mão com a boca aberta ou com os lábios apertados. Veja você mesmo a diferença!

Esta solução simples pode refrescar um espaço interno em mais de doze graus celsius negativos. Que alívio para as pessoas que passam por temperaturas extremas diariamente.


Inúmeras aldeias já começaram a usar o mais simples ar-condicionado do mundo.

Aqui está um vídeo que mostra exatamente com este sistema funciona:

Este sistema não apenas leva ar fresco para os casebres superaquecidos, como também é uma ótima maneira de encorajar a coleta de garrafas de plástico usadas das ruas e reciclá-las.

Fonte: Não Acredito
Desmatamento na Mata Atlântica cresce quase 60% em um ano.
Foto: Carlos Monteiro/Futura Press

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O desmatamento na Mata Atlântica cresceu 57,7% em um ano, entre 2015 e 2016, quando o bioma perdeu 29.075 hectares, o equivalente a mais de 29 mil campos de futebol. O número foi apresentado nesta segunda (29) pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais). As informações são da Agência Brasil.

No período anterior (2014-2015), o desmate no bioma havia sido de 18.433 hectares. Segundo a diretora executiva da SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, há dez anos a área, que se espalha por 17 Estados, não registrava um desmatamento dessas proporções. “O que mais impressionou foi o enorme aumento no desmatamento no último período. Tivemos um retrocesso muito grande, com índices comparáveis aos de 2005”, disse. No período de 2005 a 2008, a Mata Atlântica perdeu 102.938 hectares de floresta, ou seja, média anual de 34.313 hectares a menos.

ESTADOS

Em 2015-2016, a Bahia foi o estado onde houve mais desmatamento, com 12.288 hectares desmatados, 207% a mais que no período anterior, quando foram destruídos 3.997 hectares de vegetação nativa. Os municípios baianos de Santa Cruz Cabrália e Belmonte lideram a lista dos maiores desmatadores, com 3.058 hectares e 2.119 hectares, respectivamente. Se somados aos desmatamentos identificados em outras cidades do sul da Bahia, como Porto Seguro e Ilhéus, cerca de 30% da destruição do bioma no período ocorreu nesta região.

“Essa região é a mais rica do Brasil em biodiversidade e tem grande potencial para o turismo. Nós estamos destruindo um patrimônio que poderia gerar desenvolvimento, trabalho e renda para o Estado”, avaliou Marcia.

Minas Gerais aparece em segundo lugar no ranking, com 7.410 hectares desmatados. Os principais pontos de desflorestamento ocorreram nos municípios de Águas Vermelhas (753 hectares), São João do Paraíso (573 hectares) e Jequitinhonha (450 hectares). Segundo os dados da SOS Mata Atlântica e do Inpe, a região é reconhecida pelos processos de destruição de vegetação nativa para produção de carvão ou pela conversão da floresta por plantios de eucalipto. Minas liderou o desmatamento em sete das últimas nove edições do Atlas da Mata Atlântica.

No Paraná, o desmatamento do bioma passou de 1.988 hectares entre 2014 e 2015 para 3.545 hectares entre 2015-2016, o que representa aumento de 74%. Este foi o segundo ano seguido de crescimento do desmate no Estado. Segundo o relatório, a destruição está concentrada na região das araucárias, espécie ameaçada de extinção, com apenas 3% de florestas remanescentes.

No Piauí, pelo quarto ano consecutivo os maiores desmatamentos ocorreram nos municípios de Manoel Emídio (1.281 hectares), Canto do Buriti (641 hectares) e Alvorada do Gurguéia (625 hectares), todos próximos ao Parque Nacional Serra das Confusões.

RETROCESSO

Segundo o diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, a situação é gravíssima e indica uma reversão na tendência de queda do desmatamento registrada nos últimos anos.

“O setor produtivo voltou a avançar sobre nossas florestas, não só na Mata Atlântica, mas em todos os biomas, após as alterações realizadas no Código Florestal e o subsequente desmonte da legislação ambiental brasileira. Pode ser o início de uma nova fase de crescimento do desmatamento, o que não podemos aceitar.


Fonte: YAHOO!

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Código Florestal, de 2012, ainda enfrenta desafios para que a lei se torne uma realidade.
Radioagência Nacional / Rádio Nacional da Amazônia.
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A Lei do Código Florestal, de 2012, nasceu da necessidade de se atualizarem os dispositivos legais para garantir o desenvolvimento econômico de forma sustentável.

Mas, segundo relatório divulgado pelo Observatório do Código Florestal, formado por instituições da sociedade civil voltadas para a questão ambiental, embora existam motivos para comemorar, o país precisa percorrer um longo caminho para que a lei florestal se torne uma realidade.

Das 14 ações consideradas prioritárias pela lei, apenas uma apresenta grau de implementação satisfatório: o Cadastro Ambiental Rural (CAR), segundo o Observatório.

Entre os pontos considerados de implantação insatisfatória estão questões relacionadas ao desmatamento.

Para o engenheiro florestal Sebastião Valverde, a legislação não conseguiu conter a prática.

Tiago Reis, pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), vai além. Para ele, a Lei do Código Florestal, de 2012, pode ser considerada um retrocesso em relação às legislações ambientais anteriores, no que se refere ao desmatamento.

Apesar disso, o pesquisador diz que o código trouxe um enorme ganho social, uma vez que passou a contar com a participação dos produtores rurais.

Ainda sobre o desmatamento, Raimundo Deusdará, diretor do Serviço Florestal Brasileiro, diz que não há norma que faça aumentar ou reduzir o desmatamento.

Outros dois pontos apontados como de implantação insatisfatória, segundo o relatório, são o Programa de Regularização Ambiental e a instituição das Cotas de Reserva Ambiental, sendo as cotas, títulos que representam uma área de cobertura vegetação natural em uma propriedade que podem ser usados para compensar a falta de reserva legal em uma outra.

Sobre os dois instrumentos, o diretor do Serviço Florestal Brasileiro explica que a execução depende da efetivação do CAR, que está com o prazo de inscrição prorrogado até o dia 31 de dezembro deste ano.

Segundo o documento que analisa a implantação do código, não apenas o Governo Federal deve se responsabilizar pela implantação da Lei Florestal. Outros quatro atores devem se tornar protagonistas: produtores rurais, governos estaduais, sociedade civil e instituições de mercado, cada um com diferentes papéis e responsabilidades.


Fonte: EcoDebate
Sistemas de restauração ecológica, reconfiguração especial e manutenção e monitoramento em fragmentos de Mata Atlântica com índice populacional no Rio de Janeiro, artigo de Bianca de Souza Ambrosio.
Sistemas de restauração ecológica, reconfiguração especial e manutenção e monitoramento em fragmentos de Mata Atlântica com índice populacional no Rio de Janeiro.

Bianca de Souza Ambrosio¹

1Estudante de Graduação em Geografia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.


Resumo: Este trabalho refere-se à de criação de um plano que cruza três sistemas que resultam numa mudança completa da paisagem. O primeiro, um plano de restauração ecológica de áreas de Mata Atlântica reconfigurando a paisagem natural, o segundo consiste na reconfiguração da paisagem cultural e o terceiro o monitoramento das ações feitas nos sistemas anteriores. Para tal feito será preciso embasamento teórico em história ambiental e cultural. Estudos pautados em entendimento do espaço urbano e reconfiguração arquitetônica para que se atenda tanto a demanda populacional quanto a demanda ambiental. A parte prática inclui idas a campo, elaboração catálogos e análises de espécies vegetais e demais elementos químicos, físicos e biológicos para a criação de planos de ação e gestão de monitoramento.

O produto resultante disso é uma zona ecologicamente recuperada e com gestão dos recursos ambientais em geral mais sólida. A produção de uma sociedade mais sustentável em todos os âmbitos, sabida de todas as técnicas pós-processo de restauração para manutenção e monitoramento dos recursos. A nova configuração de um espaço com moradias mais sustentáveis. O remodelamento de velhos hábitos para novos no mesmo fim, de uma forma menos agressiva ao meio ambiente. Mecanismos para espaços economicamente mais viáveis e rentáveis. Uma vertente um tanto diferente das ecovilas. O projeto usa as práticas atuais da conjuntura do nosso país, o modo de vida urbano atual, porém de uma maneira mais sustentável.

Palavras–chave: mata atlântica, monitoramento, mudança na paisagem, reconfiguração espacial, restauração ecológica

Ecological restoration, spatial reconfiguration and monitoring systems in Atlantic Forest fragments populousness in Rio de Janeiro 1

Abstract: This work refers to the creation of a plan that crosses three systems that result in a complete change of landscape. The first an ecological restoration plan Atlantic Forest reconfiguring the natural landscape, the second is the reconfiguration of the cultural landscape and the third monitoring of actions done in previous systems. For such a feat will be necessary theoretical background in environmental and cultural history. Guided studies in understanding of urban space and architectural reconfiguration so that it meets both the population demand and environmental demand. The practical part includes field trips, catalogs design and analysis of plant species and other chemicals, physical and biological agents to create action and monitoring management plans.

The resulting product of this is an ecologically recovered and management of environmental resources in more solid general area. The production of a more sustainable society in all areas, known to all post restoration process techniques for maintenance and monitoring of resources. The new configuration of a space more sustainable housing. The remodeling of old for new habits in the same order, a less aggressive to the environment. Mechanisms for economically more viable and profitable spaces. A shed somewhat different from ecovillages. The project uses the current practices of the situation of our country, the current way of urban life, but in a more sustainable way.

Keywords: atlantic forest, change of landscape, ecological restoration, monitoring, spatial reconfiguration

Introdução

O bioma Mata Atlântica corresponde a 13,4% do território nacional. Atualmente aproximadamente 90% de sua extensão foi devastada. Do que restou, 75% está sob risco de extinção total. Cerca de 70% da população brasileira reside dentro deste território. Consequentemente as nascentes e mananciais são quem abastecem as cidades, ocasionando uma demanda muito grande, o que geram as crises hídricas.

É constituída por 7 ecossistemas, em flora, 55% das espécies arbóreas e 40% das não arbóreas são endêmicas. Em fauna, 39% de espécies de mamíferos, entre eles mais de 15% de primatas também são endêmicos, além de 160 e 183 espécies de aves e anfíbios respetivamente. Da fauna pelo menos 269 são ameaçadas de extinção.

Com os números apresentados é possível entender a diversidade e importância da preservação e restauração do bioma. Além de ser o que mais tem seus recursos utilizados, foi o mais degradado na história. A primeira área de aplicação dos sistemas será em pequenos fragmentos do município do Rio de Janeiro por se tratar de uma área 100% dentro do bioma e com uma história ambiental muito interessante, a exemplo a maior floresta urbana do planeta, a Floresta da Tijuca.

A importância dos sistemas de restauração ecológica, reconfiguração espacial e manutenção e monitoramento do bioma é progressiva, ensaiada em pequenos fragmentos com algum índice populacional.

O objetivo dos sistemas se evidencia em áreas menores para que seja testada a adesão sobre a aplicabilidade e resultados. A fim de melhorar possíveis falhas e trazer melhor qualidade de vida para ambos os recortes de paisagem trabalhados sejam eles naturais e culturais. E por fim desconstruir a dicotomia de homem-natureza.

Material e Métodos

É empregado o levantamento de dados teóricos da história ambiental do local a ser executado. O levantamento consiste nas informações de flora, fauna, elementos químicos, físicos e biológicos. A partir disso serão cruzadas as informações com outro levantamento, o das relações sociais que se instauraram naquele espaço. As manifestações da historiografia cultural.

Tendo todo o embasamento teórico findado serão seguidos os métodos práticos. Idas a campo com levantamento por transecto, em divisão de parcelas para medidas DAP1 das espécies arbóreas a partir de 30cm, pois este é o diâmetro comum das espécies em florestas com estágio de sucessão intermediária. Além da criação de catálogo identificador de espécies de fauna e flora. A partir da catalogação é possível entender melhor as demandas do local e criar o melhor sistema possível.

A restauração será feita a partir de todo este levantamento, tanto teórico quanto prático da área em questão. A partir da catalogação das espécies, criação de banco de sementes e plântulas e estudos de reinserção e conservação de novas espécies de fauna e flora.

Com o sistema de restauração criado será possível, criar o de configuração do espaço urbano ali consolidado. Um cadastramento da população será feito para que se entendam as demandas, como quantidade de recursos gastos e a logística reversa feita. Uma análise fundamentada nas relações sociais dos indivíduos que residem ali, tudo isso pautado no uso dos recursos da paisagem natural. Depois disso, um estudo arquitetônico decidirá a partir do plano criado no cadastramento, a nova configuração de moradias, mais sustentáveis, em todos os âmbitos. Terminado o segundo sistema em teoria também, são postos em prática o primeiro e o segundo para que assim se faça o terceiro.

O monitoramento e manutenção e terceiro sistema fica por conta da comunidade restaurada, que receberá treinamento e informações acerca de tudo que foi feito. Para cultivar o espaço modificado, transformando ainda mais a paisagem.

Resultados e Discussão

De acordo com os levantamentos feitos anteriormente, é perceptível a necessidade da criação destes sistemas não somente na Mata Atlântica mas por todos os biomas. Porém tendo este primeiro, mais prioridade por diversas razões, dentre elas o maior índice populacional e a maior taxa de devastação. Levando em conta a criação de um sistema teórico, sua aplicabilidade ainda imatura a tangência a um dos ramos mais conhecidos da geografia, a estatística. Com base nos dados levantados, é possível uma prospecção cronológica, quantitativa e qualitativa no que tange à aplicação dos sistemas.

Foi feito um gráfico que compara e prospecta as características ambientas nos sistemas. O aumento da formação vegetal como representado na figura 1. No equilíbrio dos ecossistemas, com a inserção e conservação de espécies de fauna e flora e na qualidade dos elementos abióticos a prospecção se torna ineficaz no sentido não haver levantamento fidedigno que leve a um número segura. Porém é estimado que levando em conta a multiplicação dos 26 ha sobre a cobertura vegetal, em lugares estratégicos, haja um aumento de pelo menos 20% na qualidade dos elementos abióticos e dos ecossistemas. 

Levando em conta a proporção de que áreas estratégicas em cobertura vegetal fariam corredores ecológicos atingindo o dobro do espaço. Um gráfico comparativo também foi feita sobre a questão da reconfiguração espacial, levando em conta o aumento da qualidade de vida a partir de uma melhor perspectiva, em qualidade do ar, temperatura e água sobre uma projeção até 2020. E por fim uma prospecção geral levando em conta o sistema de monitoramento e o crescimento proporcional dos gráficos mostrados, sem nenhum evento extraordinário.

Os custos para a efetivação, no entanto não serão abordados até aqui, onde se trata primeiramente do levantamento de dados e criação do plano em si. Viabilizando posteriormente seus custos mediante aplicabilidade.

Figura 1 – Gráfico com índice de cobertura vegetal pegando como base a extensão em hectares de 2000-2014, tendo em sua totalidade 21.106 ha em formação íntegra. Com desmatamento de 224 ha no mesmo período, envolvendo possibilidades de custos e tempo para viabilização estima-se a possibilidade de recuperação de dois ha ao ano. 

Prospectando uma melhora total de 52 ha em 26 anos nos diversos estágios sucessionais.

Figura 1 – Gráfico com índice populacional e proporcional a melhoria de qualidade de vida da população. É considerado o aumento da cobertura vegetal aumenta a cada hectare 1% é acarretando a uma melhor qualidade do ar, diminuição da temperatura, aumento da umidade e retenção de água. A qualidade hídrica sobe com melhor cobertura de matas ciliares aumentando também a qualidade e quantidade da água dos rios. Com melhores condições de vida, a expectativa de vida tende a aumentar.

Conclusões

A partir dos resultados listados, é conclusivo que os sistemas beneficiarão milhares principalmente um bioma já devastado e consequentemente milhares de pessoas. Será louvável a sua aplicabilidade em períodos de crise, sendo algo pronto, e baixo custo sob a relevância de contar com a adesão da comunidade em sua implementação. Faz-se muito necessário para o meio ambiente e população em geral um movimento vertical que ascende em qualidade de vida a todos os componentes da paisagem em sua mudança radical rumo ao progresso.

Agradecimentos

Felipe Fajardo Villela Antolin Barberena – Pesquisador Visitante na UFBA, no Programa de Desenvolvimento Científico Tecnológico e Regional (DCR-C).

Bibliografia usada:

Sanchéz, L. E. (2013). Avaliação de impacto ambiental. São Paulo: Oficina de textos.

Soares, A. J., Barreto, A. O., Donado, A. M., Tartaglia, A. R., Siqueira, A. E., Barros, D. B., . . . Haussig, T. R. (2013). Guia de Campo do Parque Nacional da Tijuca. Rio de Janeiro: UERJ/IBRAG.

1 Diâmetro Altura do Peito.


Fonte: EcoDebate