segunda-feira, 25 de setembro de 2017

São José dos Campos tem a maior árvore pertencente ao bioma amazônico.
Por Júlio Ottoboni, especial para a Envolverde

No Dia da Árvore,  São José dos Campos comemora o fato de ter o maior exemplar da espécie Samanea saman, conhecida popularmente por Árvore da Chuva ou Chorona de todo o Brasil. Apesar de pertencer ao bioma amazônico, sendo originária do Amazonas, Pará e Tocantins, com ocorrências também no nordeste e no centro-oeste do país, ela se adaptou bem ao clima subtropical e se encontra no Parque da Cidade – Burle Marx.

Segundo o levantamento, a área de projeção de copa da árvore chega a 988,22 metros quadrados. Isso significa que toda essa área, com quase mil m², é sombreada por ela nos vários horários do dia. 

Inclusive o local onde ela se encontra é um espaço aberto, sem outros exemplares arbóreos no entorno, o que facilitou o grande desenvolvimento de sua copa que tem de circunferência de projeção 113 metros com sol a pino. Diâmetro da altura do peito é de 1,3 metros do tronco.
“ O estudo demorou cerca de três semanas para ser concluído, inclusive com todas as medidas e a situação da árvore. Creio que ela tenha sido plantada no local quando ainda era uma fazenda leiteira, pois há ruínas nas proximidades”, destacou o engenheiro agrônomo que assina o laudo, Herbert Luiz de Carvalho Campos.

A árvore Chorona, de São José,  entrou para o Rank Brasil em 2017 que classifica os maiores exemplares de diversas espécies em território nacional,  como o recorde de maior árvore da espécie em solo brasileiro. Ela tem 40 metros de diâmetro de copa e 14 metros de altura estimados. A prefeitura desenvolveu um amplo relatório sobre esse exemplar envolvendo dois engenheiros agrônomos para conquistar essa posição no ranking das árvores.

Trata-se de uma espécie nativa do Brasil, porém  rara de ser encontrada no sudeste. Sua incidência maior é no pantanal mato-grossense, no nordeste mineiro e na Amazônia Ocidental. O único exemplar que se tem registro em São José dos Campos foi tombado pelo Decreto 14.878/12, assinado em 10 de fevereiro de 2012.

Considerada como patrimônio ambiental, a prefeitura  atendeu a um pedido feito à época ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural (Comphac). 

Com o decreto, a árvore de copa extensa e frondosa, com idade média entre 90 a 100 anos, se tornou imune ao corte.

As análises feitas pelos técnicos calculam que esse indivíduo da família Mimosoideae tenha por volta de 100 anos de idade. Seu plantio é anterior a constituição dos jardins do Burle Marx no local que abrigou a residência do empresário Olivo Gomes, que foi proprietário da Tecelagem Parahyba. O local também serviu como pastagem de gado, principalmente de búfalos.

Para técnicos da Secretaria de Inovação e Desenvolvimento, que abrange o turismo, o recorde tem a importância de criar mais um ícone para a cidade, atraindo publicidade, gerando mais uma identidade e estimulando o desenvolvimento turístico.

A conservação e a fiscalização da árvore são realizadas pela Secretaria de Manutenção da Cidade. O laudo que contribui para caracterização da espécie foi elaborado pela equipe técnica da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade. O RankBrasil é uma empresa independente que atua há 17 anos em todo território nacional, registrando exclusivamente recordes brasileiros, sem vínculo com sistemas internacionais, como o Guinness World Records.


Fonte: ENVOLVERDE

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